17 de out. de 2007

TOMANDO POSIÇÃO PERANTE A QUESTÃO DO ABORTO.

Sou pai a apenas 2 meses, e apartir do momento em que eu e minha esposa soubemos que iríamos ter um filho, a minha mente começou a ver de forma diferente a questão do aborto. Não que eu fosse a favor, pelo contrário, sempre fui contra, mas agora, posso ver esse assunto de forma mais sensível e diferente, pois todos os dias, tendo a minha filha aos meus braços, agradeço a Deus pelo presente maravilhoso que Ele nos enviou.
Então, atendendo a pedidos, após algumas pesquisas sobre o assunto, farei uma postagem sobre o aborto e sobre a minha posição nesse assunto.
Leiam com muita atenção e expressem as suas opiniões.


1. A questão do aborto não é, nem nunca foi questão religiosa, senão na medida em que é questão humana e da natureza humana. Não é, pois, necessário fazer apelo a princípios religiosos para repudiar vivamente tanto a prática como a despenalização do aborto.


2. O aborto é, de maneira cientificamente indiscutível, um atentado direto à vida humana, à vida de um ser humano procriado, em gestação e indefeso. Representa, pois, uma hipocrisia o uso da expressão "interrupção voluntária da gravidez", que só significa morte de um novo ser, como a discussão entre os patrocinadores do aborto, contra todas as conclusões da Medicina, sobre se o crime deve ser cometido com mais ou menos dias, com mais ou menos meses de gestação.


3. Todos os argumentos apresentados numa perspectiva humanitária e de bem social para admitir o aborto são meios de iludir gravemente a questão. Não são razões que podem justificar, como regra, a supressão, de natureza racista, que o nazismo usou para fundamentar o direito de matar velhos e doentes.


4. Não ignoramos nem queremos esconder os graves problemas sociais que estão na base do aborto clandestino. Para combatê-los, não é admissível mascará-los com o direito ao crime, em vez de ir às suas causas. Urge a continuação de tomada de medidas positivas de natureza humana, social e ética (planejamento familiar, apoio à mãe solteira, o desenvolvimento da instituição da adoção, o incremento de correta assistência social, atenção construtiva aos fatores de desagregação moral na família e na educação etc.).


5. Também é lamentável a confusão que se faz enumerando o aborto como um dos meios possíveis de limitação da natalidade. Não é. É, sim, um meio sofisticado de condenar à morte um ser inocente. Isso não quer dizer que não alertamos também para a necessidade de proibir o comércio de anti-conceptivos que são de natureza abortiva.


6. A legalização do aborto é também um dos mais graves atentados contra a mulher - quando pugna pelos seus direitos e é ludibriada a julgar que naqueles se contém o de abortar -, pois a torna um objeto da irresponsabilidade masculina e é impelida a ser autora do crime em que terá a menor culpa. Atribuir-lhe o direito de amputar o corpo é duplamente falso: ninguém deve-se considerar com direito a cortar um braço, e o seu filho não é o seu corpo mas um novo ser com direito à vida.


7. Finalmente queremos deixar bem claro que a nossa condenação absoluta do aborto nada tem a ver com a condenação de pessoas concretas. Desde sempre, e com muito mais razão com o aperfeiçoamento do nosso ordenamento jurídico, cada pessoa merece ser considerada como tal, quer no plano da moral quer no do Direito. O crime pode existir e, não obstante, pode-se absolver quem o praticou, dadas as circunstâncias que envolvam tal prática.


Por fim, acho que mais do que as palavras, algumas imagens bastam para que tomamos partido sobre o aborto e assim, podemos sair de cima do muro. Se você quiser realmente ver algumas imagens de aborto e as atrocidades cometidas por esses exterminadores, CLIQUE AQUI , mas esteja ciente de que as imagens são fortes e chocantes.
Deixem os seus comentários e suas opiniões, pois ela sempre é muito importante para o TJ.

2 comentários:

Anônimo disse...

Também sou pai (de duas crianças que amo demais), porém ao contrário de você, acho que cada um tem o livre arbítrio para fazer o que quiser com o próprio corpo. Uma gravidez indesejada pode gerar, evidentemente, um filho indesejado, e ninguém aguenta mais ver bebês (esses sim, podem ser considerados como pessoas) boiando pelos imundos rios do Brasil. Mas o que mais me irrita na discussão são os grupos religiosos com sua mentalidade atrasada (Só lembrando que a emissora do bispo Macedo já tá apoiando o direito ao aborto, indo de encontro aos demais grupos cristãos. Estranhíssimo!). De qualquer forma assuntos como este, células-tronco e outros devem ser discutido com a luz da razão e do bom-senso, sem a hipocrisia das igrejas e templos, lugares infestados de ratos, pedófilos e exploradores.

CDAD disse...

Victor, na minha opinião, antes de se pensar em abortar uma criança, a responsabilidade começa antes, na concepção, prá isso existem os métodos anticoncepcionais. Nascemos mulheres e homens, mas nem por isso, todos seremos boas mães e bons pais. Concordo que a igreja não deve se manifestar sobre o assunto, mesmo porque, ela só opina, mas não apresenta nenhuma solução. Bjs